quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Felicidade Já
Felicidade é compartilhar um sorriso, deixar o medo de lado e dar um passo mais largo, é permitir que aquela escova de dente que não é sua, habite de uma vez o seu banheiro, junto a todos aqueles potes de cremes e antirrugas que levariam uma vida inteira para serem usados antes da validade; essa tal felicidade é ter alguém pra te ouvir falar besteira, projetar o futuro, ter ciúmes, e assim se sentir amado, é fazer chorar de cocegas e falar mais besteira, é poder ser ridículo sem culpa ou sem vergonha, ser feliz é ser cumplice, gargalhar a toa, e dar aquele sorriso baixinho quando a geladeira estar vazia, é um abraço, forte, bem forte, uma mensagem despretensiosa no meio do dia ou aquela velha piada, é não guardar rancor, saber perdoar, dividir as contas, entender que seus problemas são seus, perceber que dinheiro é importante, mas não é tudo, e que pessoas são indispensáveis, ser feliz é não estar sozinho e entender que qualidade vale muito mais do que popularidade. Felicidade é preservar, não deitar com os problemas, é ter esperança e principalmente perseverança, aprender a ter paciência, não medir força, não medir salário nem status, FELICIDADE é dizer eu te amo, clichê? Só para quem não ouviu de verdade. Felicidade é ser simples, sem forçar a barra, ser feliz é atrair por quem é, não pelo que tem, é superar, se estressar e ter prazer em gastar no mínimo 8h por dia com o principal culpado por te tirar da cama logo cedo, ser feliz é ser você, sem fórmulas, sem receita, sem exageros.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Veja
Só eu sei o que senti
Pois eu estava só ali.
Com as minhas dúvidas
E dívidas divididas
Entre estar e não aqui
Testando e atestando o que
Ainda estava apurado
E mim, aguçando assim
O que antes adormecido,
Praticamente esquecido,
Nunca mais lido entre
meus pelos, apelos que
só eu conheci, pois, o destino
me jogara ali, daquele jeito,
um sujeito qualquer sem
predicado algum,
perdido na noite em busca de
novos sabores, provocando
o paladar a se esforçar em separar
cada particularidade sutilmente
valorizada pela singularidade
múltipla de ser o que quiser
por 15 minutos, quando seus
lábios tocaram no meu e eu senti,
tudo aquilo que eu senti, pois só
senti, porque era eu, só eu
quem estavas ali.
Pois eu estava só ali.
Com as minhas dúvidas
E dívidas divididas
Entre estar e não aqui
Testando e atestando o que
Ainda estava apurado
E mim, aguçando assim
O que antes adormecido,
Praticamente esquecido,
Nunca mais lido entre
meus pelos, apelos que
só eu conheci, pois, o destino
me jogara ali, daquele jeito,
um sujeito qualquer sem
predicado algum,
perdido na noite em busca de
novos sabores, provocando
o paladar a se esforçar em separar
cada particularidade sutilmente
valorizada pela singularidade
múltipla de ser o que quiser
por 15 minutos, quando seus
lábios tocaram no meu e eu senti,
tudo aquilo que eu senti, pois só
senti, porque era eu, só eu
quem estavas ali.
sábado, 2 de julho de 2011
Inacabado
Hoje eu precisava me libertar de mim, fugir dali correr a léguas e pular fora, não aguento olhar para trás e me ver ali num canto acuado, amuado, abatido. Acorda bundão, levanta-te e vai a luta, arruma essa cara amassada, desliga da mente esses sambas e enredos que mesmo que você não queira enredam tua vida vazia, sai do escuro e larga de uma vez essa mania de falar que a culpa é dela, pois mesmo sempre sendo dela ou da falta dela, a vida, que te deixa assim sei lá de qualquer jeito, com todos esses trejeitos é só uma parte da metade daquilo tudo que te cabe, que dizer daquilo pouco que lhe resta, a lembrança e a saudade, perturbadoramente encontrando - te vinte quatro horas por noite naquele quadrado quarto frio e sem graça aguçando e permitindo uma guerra forçada de cinco contra um onde ninguém perde de fato, mas fato é que te consumo em meio a meus pensamentos até escorrer de mim, uma única lágrima, que me leva ao céu, teu céu da boca molhada por trás da minhas pálpebras agora relaxadas.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Tempestade
Lá fora chuva não para, todos do olimpo em consenso resolveram dividir minha dor e chorar comigo, já estou de joelhos, completamente sem força, esperando apenas o movimento da correnteza, entregue corpo inteiro na expectativa do golpe final, um condenado a caminho da guilhotina; munida de uma lamina chamada destino, teimando em nunca jogar no meu time, prefere sempre a rivalidade a rirmos juntos, estou aqui outra vez confessando o meu medo, agora do espelho, de não mais me enxergar nele, estou de fato com muito medo, inseguro, abatido e impotente, acanhado e encolhido no canto do quarto, frio, escuro repleto de pensamentos vagando desordenados, palavras e vontades guardadas nas mãos marcadas que ainda encontram força para escrever e assim aliviar as dores, da perda, da frustração, da falta de tempo de não ter mais tempo. Meus olhos ardem, não imaginava ser capaz de produzir tantas lágrimas assim, acho que isso explica essa leve desidratação, escrevo para chegar mais perto, bem mais perto de você, quebrar barreiras, correntes e amarras, escrevo para que você possa enxergar por entre esse amontoado de letras o que eu não consigo mostrar, uma tentativa patética de expressar meu sofrimento, estou desesperado, estou desesperado. Despertei meus piores demônios que batem em minha janela e veem ate aqui apenas para zombar de mim, e mostrar como sou fraco, o quanto sou pequeno, entenda que já estou morto com essa ausência, já estou condenado à desventura de não ser por não ter, não possuir, não poder fazer nada para mudar esses capítulos que não foram escritos por mim, volto ao espelho e não sei mais quem vejo, nem como vejo, a derrota tomou conta do lugar, a apatia veio junto, a minha companhia é meu ídolo depressivo, bêbado e perfeccionista que toca na vitrola velha suas musicas, tristes, bêbadas, depressivas e assim absurdamente se auto intitulando a trilha sonora perfeita nesse momento da minha vida, não tenho fome, não tenho ideias, não tenho certezas. Na TV uma comédia romântica me faz chorar, eu me rendo, sem vergonha, eu me entrego que seja feita a tua vontade, já deixei o desespero tomar conta da casa e acho que já disse isso também, meu coração estar partido, na contra mão dos teus passos cansados de mim, será que não fui tão bom assim, sou eu quem te faz feliz, não segue sem mim, vira e me beija, deixa eu me perder nos teus lençóis, não quero me acostumar com o vazio, nem ficar apenas com seu retrato, eu quero o hoje, o amanha e o depois do fim com você, por dentro e por fora.